Uma força-tarefa composta pela Receita Federal, Polícia Federal, ANP e Ministério da Agricultura está em campo para identificar a origem do metanol encontrado em bebidas alcoólicas adulteradas. A ação faz parte da chamada Operação Alquimia, que investiga se lotes apreendidos têm correlação com substâncias desviadas da cadeia legal.
As coletas de amostras estão sendo realizadas em 24 empresas nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. As empresas alvo incluem importadores, distribuidores, usinas, destilarias e empresas químicas que atuam ao longo da cadeia do metanol — desde a importação até seu uso industrial ou abastecimento clandestino.
No Mato Grosso do Sul, municípios como Campo Grande, Dourados e Caarapó foram destacados como foco das operações, com a intenção de mapear quais fabricantes ou intermediários repassaram metanol que acabou sendo usado em bebidas adulteradas. A operação mira tanto empresas legais quanto suspeitas de abastecer laboratórios clandestinos ou fábricas de bebidas irregulares.
Essa ação tem fundamentação nas investigações prévias das operações Boyle e Carbono Oculto, que revelaram um esquema de desvio de metanol usado em combustíveis. Agora, as autoridades buscam confirmar se esse mesmo material está sendo reaproveitado para adulterar bebidas — algo que poderia explicar a onda de intoxicações recentes no país.
Referências
Correio do Estado


Comentários
Adicione o seu