Queimadas no Pantanal caem 92% em 2025, após ano devastador em 2024

O Pantanal de Mato Grosso do Sul registrou uma queda histórica de 92% na área queimada em 2025, em comparação com o ano anterior. O bioma, que sofreu um devastador em 2024, mostrou sinais de recuperação com a redução drástica dos incêndios.

Dados divulgados pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) e pelo Corpo de Bombeiros indicam que a área consumida pelo fogo diminuiu de 1.771.252 hectares em 2024 para 134.512 hectares até 16 de dezembro de 2025. Essa análise utiliza informações do Inpe e do Lasa/UFRJ.

A melhoria significativa é atribuída aos fatores climáticos, como a distribuição mais favorável das chuvas e a ausência de ondas de calor intensas em 2025, contrastando com o cenário de 2024. O meteorologista Vinícius Sperling destacou a importância dessas condições para a prevenção e propagação de focos de calor.

Além das condições climáticas, ações de fiscalização e responsabilização tiveram um papel crucial. A Polícia Militar Ambiental e o Imasul aplicaram multas totalizando R$ 85 milhões a 95 fazendas por queimadas ilegais, sendo 27 delas localizadas no Pantanal. O Cerrado também apresentou uma redução de 70% nas queimadas, e as Terras Indígenas registraram uma queda de 93%.

O Corpo de Bombeiros também reforçou as ações de prevenção, preparação e combate a incêndios florestais, com 1.256 bombeiros participantes durante o ano. O número de 2024 representa a segunda maior perda na série histórica do Pantanal brasileiro desde 1998, superada apenas por 2020.

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