Operação Blindagem: Desmantelada facção de tráfico em presídio de MS com 35 prisões

Na manhã desta sexta-feira, 7 de novembro de 2025, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), através do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco/MPMS), deflagrou a Operação Blindagem, que investiga uma facção criminosa comandada de dentro de presídios, suspeita de tráfico interestadual de drogas, corrupção ativa e passiva, comércio ilegal de armas, usura (prática de agiotagem) e lavagem de dinheiro.

As investigações, que se estenderam por mais de dois anos, tiveram início após a apreensão do telefone celular do líder da organização em uma cela, revelando a corrupção de servidores públicos que garantiam acesso a celulares, informações sigilosas e a permanência em presídios menores, de onde ele coordenava as atividades ilícitas.

Durante o cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão, mais de 10 pessoas foram presas apenas em Campo Grande, com apreensões de armas, cheques e mais de R$ 200 mil em dinheiro; a operação visa cumprir 35 mandados de prisão preventiva e 41 mandados de busca e apreensão em cidades de Mato Grosso do Sul, como Campo Grande, Aquidauana, Anastácio, Corumbá, Jardim, Sidrolândia, Ponta Porã e Bonito, além de municípios de São Paulo e Santa Catarina, com apoio operacional da Polícia Militar, AGEPEN, Polícia Civil e Polícia Militar, respectivamente.

As investigações mostraram que o grupo enviava drogas para vários estados, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Acre, Maranhão e Goiás, utilizando caminhões com fundos falsos para ocultar entorpecentes entre cargas de alimentos com nota fiscal, além de remessas via Sedex, veículos de passeio e utilitários, e transporte através de passageiros em vans.

O grupo também tinha ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), que oferecia suporte logístico para expandir o tráfico e aplicar punições violentas a devedores, além de práticas de extorsão mediante uso de arma de fogo, violência e restrição da liberdade; a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MS) acompanhou os trabalhos, e o nome da operação, ‘Blindagem’, refere-se à proteção que os integrantes recebiam devido à corrupção de servidores, permitindo-lhes permanecer em unidades prisionais de menor segurança e obter informações privilegiadas.

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