Gasolina volta a subir no MS. Estado volta à média de R$ 5,93 por litro

Após uma redução considerada irrisória, o preço da gasolina voltou a subir nos postos de Mato Grosso do Sul, atingindo novamente a média de R$ 5,93 por litro. Essa alta ocorre mesmo com a Petrobras tendo anunciado uma redução de 4,9% no preço da gasolina A. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) registrou que o combustível, que estava a R$ 5,90 na semana anterior, retornou ao patamar anterior.

Em Campo Grande, o comportamento foi similar: o combustível fóssil, que havia baixado para R$ 5,71 entre 19 e 25 de outubro, voltou a custar R$ 5,76 entre 26 de outubro e 1º de novembro. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), o repasse limitado da redução da Petrobras se deve às distribuidoras, que seguram parte da queda devido a custos logísticos e de distribuição.

O diretor-executivo do Sinpetro-MS, Edson Lazarotto, explicou que a cadeia de distribuição é a responsável por não repassar integralmente os preços, e não os postos de gasolina. A redução de 4,9% anunciada pela Petrobras em outubro, equivalente a R$ 0,14 por litro, não se converteu em uma queda de R$ 0,10 nas bombas como esperado pelos consumidores. A Petrobras atribuiu o corte à influência do mercado internacional e à valorização do real frente ao dólar.

O economista Eduardo Matos complementa que as distribuidoras aumentaram suas margens de lucro, impulsionadas pela concentração de mercado e pela redução da concorrência após a desestatização da BR Distribuidora (atual Libra). Ele observa que, historicamente, a competição era mais acirrada, permitindo margens menores. Em contraste, outras capitais brasileiras, como Brasília, Goiânia, Cuiabá e Belo Horizonte, registraram quedas mais expressivas no preço da gasolina, refletindo mais diretamente a política da Petrobras.

A instabilidade no preço da gasolina em Mato Grosso do Sul desde o início de outubro é notável, com a média estadual oscilando entre R$ 5,90 e R$ 5,94. A diferença de R$ 1,35 entre os menores (R$ 5,53) e maiores (R$ 6,88) preços encontrados nos municípios reforça o impacto dos custos logísticos e das margens de comercialização. Paralelamente, o etanol continua sendo uma alternativa vantajosa, com o preço do litro variando entre R$ 3,87 e R$ 3,93, e a relação de custo com a gasolina mantendo-se abaixo de 0,70, indicando viabilidade econômica para o consumidor.

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