O primeiro foco de ferrugem asiática na safra 2025/26 foi confirmado em Sete Quedas, Mato Grosso do Sul, conforme monitoramento do Consórcio Antiferrugem. A lavoura comercial afetada, em estágio fenológico R5 (início do enchimento de grãos), teve a doença confirmada pela Fundação MS.
As condições climáticas atuais, caracterizadas por calor excessivo e alta umidade, são propícias para o aumento da população do fungo Phakopsora pachyrhizi e a disseminação de seus esporos, principalmente pelo vento, segundo Gabriel Balta, coordenador técnico da Aprosoja/MS. A ferrugem asiática manifesta-se inicialmente com lesões marrom-avermelhadas na face inferior das folhas, evoluindo para pontos escurecidos que reduzem a área fotossintética, causam necrose e desfolha antecipada.
Em casos severos e sem controle adequado, a ferrugem asiática pode levar a perdas de produção de até 90%, sendo considerada uma das ameaças mais agressivas à cultura da soja. O manejo integrado e contínuo é essencial para seu controle, incluindo práticas como o cumprimento do vazio sanitário, rotação de culturas, plantio dentro da janela recomendada, uso de cultivares resistentes, monitoramento constante e intervenção com fungicidas específicos quando necessário.
No cenário nacional, já foram confirmados oito focos da doença nesta safra, com seis no Paraná, um em São Paulo e o mais recente em Mato Grosso do Sul. Na safra anterior (2024/2025), Mato Grosso do Sul registrou 12 ocorrências, posicionando-se em terceiro lugar em número de notificações, atrás de Paraná (66) e Rio Grande do Sul (25). O Brasil como um todo somou 124 ocorrências na safra passada.


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