Uma pesquisa recente aponta que 71% dos americanos acreditam que a inteligência artificial pode deixar grande parte da população permanentemente desempregada, mesmo com o desemprego nacional em apenas 4,2% em julho de 2025.
Outros receios em pauta
- 77% temem que a IA seja usada para disseminar desinformação política por meio de conteúdos falsos e realistas.
- 48% se opõem ao uso de IA em decisões militares, como a definição de alvos para ataques.
- 61% estão preocupados com o impacto da IA no consumo de energia e na pressão sobre os centros de dados.
- Dois terços acreditam que companhias de IA podem substituir relações humanas reais, afetando a vida social.
- Na educação, há divisão: 36% confiam que a IA ajudará na aprendizagem, enquanto 40% veem risco para a qualidade do ensino.
Novo olhar: transformação em vez de extinção de empregos
Apesar do medo, análises de mercado mostram que o impacto imediato da IA tem se concentrado em empregos terceirizados. Apenas cerca de 3% dos postos nos EUA foram afetados até agora, embora estimativas indiquem que até 27% possam ser atingidos no longo prazo.
Especialistas ressaltam que a inteligência artificial tende a transformar tarefas dentro das ocupações em vez de eliminar funções por completo. Isso exige uma adaptação dos trabalhadores e investimentos em requalificação profissional, abrindo espaço para novos formatos de emprego e aumento de produtividade.
O cenário revela uma contradição: enquanto a população americana demonstra forte apreensão diante da inteligência artificial — associando-a a desemprego, desinformação, riscos militares e sociais —, especialistas apontam que o futuro pode ser menos sombrio. A questão central está em como governos, empresas e trabalhadores irão se adaptar às mudanças, transformando a IA em aliada da produtividade em vez de ameaça permanente.
Fontes consultadas: Forbes, Reuters/Ipsos, CNBC, Axios, TechRadar, The Economic Times, Vox.
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