A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu nesta terça-feira a estimativa da safra de cana-de-açúcar do Brasil 2025/26 em 0,35%, para 666,45 milhões de toneladas. Essa redução se deve a problemas climáticos que estão afetando a colheita, que se aproxima da fase final no centro-sul brasileiro.
A safra de cana do centro-sul, que representa a maior parte da produção nacional, foi estimada em 607,4 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 0,39% em relação à previsão anterior. Em comparação com o ciclo anterior (2024/25), a Conab projeta uma redução de 1,6% para o total produzido no país e uma queda de 1,8% para o centro-sul.
De acordo com a Conab, o clima adverso, com restrição hídrica, irregularidades de chuvas e excesso de calor, registrado na fase de desenvolvimento das lavouras, principalmente no centro-sul, ainda em 2024 e em parte deste ano, influenciou a produção da safra de cana-de-açúcar na safra 2025/26.
A colheita deverá ser realizada em 8,97 milhões de hectares, 2,4% acima da área colhida no ciclo anterior, o que não foi capaz de compensar a queda de 3,8% na produtividade média, prevista em 74.259 kg/ha. A previsão para a safra do Norte/Nordeste é de 59 milhões de toneladas, crescimento de 1,1% ante a safra passada.
A Conab elevou a projeção de produção de açúcar do centro-sul e do Brasil para 41,34 milhões e 45,02 milhões de toneladas, respectivamente. Em termos nacionais, o crescimento anual será de 2%, reflexo do mercado favorável ao adoçante até julho. Para o etanol, a Conab manteve estável a previsão de produção total de etanol (de cana e milho) no centro-sul em 33,5 bilhões de litros, o que representaria uma queda de 4,1% na comparação com o ciclo passado. A produção brasileira de etanol só não cairá mais na safra atual porque a fabricação do biocombustível a partir do milho tem sido crescente, com previsão de crescimento de 22,6% na safra 2025/26, para 9,6 bilhões de litros.


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