O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, causou alvoroço ao afirmar que o Brasil faz parte de um grupo de países que “precisa de conserto” para deixar de prejudicar os EUA. Na entrevista, ele citou Brasil, Suíça e Índia como exemplos de nações que, segundo ele, deveriam “agir corretamente” abrindo mercados e interrompendo práticas que, em sua visão, favorecem desequilíbrios comerciais.
Lutnick foi ainda mais claro: disse que os países “têm um problema” e que devem se alinhar às exigências norte-americanas caso queiram voltar a negociar com o mercado dos EUA. Entre as críticas está alegação de que o Brasil toma medidas que “prejudicam a América” e que o diálogo econômico depende de cumprir regras impostas pelo governo Trump.
A declaração ganha peso em um momento já tenso nas relações bilaterais. O Brasil enfrenta tarifas elevadas impostas pelos EUA, acusações de interferência política e medidas unilaterais contra produtos brasileiros. A fala de Lutnick reforça o clima de pressão que paira sobre o país — sugerindo não só disputa comercial, mas uma volatilidade crescente na diplomacia externa.
Quando se diz que “o Brasil precisa de conserto”, não é expressão diplomática: é ataque retórico de alto impacto, que coloca o país sob suspeita internacional de práticas econômicas desleais. Se não houver reação firme, reafirmação de soberania e articulação diplomática sólida, o recado pode provocar consequências palpáveis — restrições, isolamento econômico ou políticas punitivas entre nações.


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