O Conselho Editorial argumenta que os EUA devem reformular suas forças armadas para salvaguardar a liberdade em meio à instabilidade global. Há uma década, um entendimento compartilhado do poder militar americano unia republicanos e democratas em torno da defesa da pátria, dissuadindo agressores, cooperando com aliados, fornecendo ajuda humanitária e protegendo os bens comuns globais. O objetivo era prevenir a guerra e vencer quando necessário para um mundo mais seguro, aberto e baseado em regras.
A abordagem da administração Trump difere drasticamente, priorizando o Departamento de Guerra em vez da Defesa, relaxando as regras de engajamento e mostrando equivalência moral entre a Ucrânia e a Rússia, enquanto lucra com a venda de armas. O Presidente Trump ameaçou aliados e procurou mobilizar tropas para cidades americanas, impondo testes de lealdade e restringindo repórteres no Pentágono.
Embora reconheça a necessidade de uma nova mentalidade para enfrentar a ascensão da China e o revanchismo da Rússia, o Conselho Editorial critica a abordagem “América Primeiro”. Os EUA não podem se defender adequadamente sem recuperar as estratégias da Guerra Fria, que priorizavam o engajamento, a dissuasão, as alianças e a legitimidade internacional.
A vitória na Guerra Fria teve um custo menor do que a Segunda Guerra Mundial devido ao engajamento, não ao isolamento. Os EUA devem preservar sua vantagem científica e tecnológica por meio de investimentos nacionais e parcerias com universidades. A liderança mundial exige seguidores voluntários, prosperidade compartilhada e fidelidade aos ideais democráticos.
O Conselho Editorial conclui que o propósito central do poder americano deve ser defender a liberdade política e o Estado de direito contra inimigos estrangeiros e domésticos. Esta missão é desafiada pelo ataque da administração Trump ao Estado de direito. Os EUA devem enfrentar as ameaças da Rússia, da China e de grupos extremistas, buscando a inovação militar e empregando ferramentas de poder brando, como consultas respeitosas, laços mutuamente benéficos e firmeza estratégica.


Comentários
Adicione o seu