A Climate Action Solutions & Engagement (C.A.S.E.), iniciativa que reúne seis empresas brasileiras, incluindo Bradesco, Itaú, Natura, Nestlé, Vale e Marcopolo, tem como objetivo discutir projetos de soluções climáticas na COP 30, que será realizada em Belém. Durante o evento, a C.A.S.E. apresentará o Programa Reverte, que se dedica ao financiamento da conversão de pastagens degradadas no Brasil.
O Programa Reverte, criado em colaboração entre o Itaú, a Syngenta e a The Nature Conservancy (TNC), está em seu quinto ano de operação e superou as expectativas iniciais. Recentemente, o programa alcançou a marca de R$ 2 bilhões em desembolsos, utilizados para converter 279 mil hectares de áreas degradadas em lavouras. A meta do programa é ambiciosa: converter 1 milhão de hectares até o final da década.
Um exemplo de sucesso do programa é a Fazenda Reunidas, localizada em Paranatinga, Mato Grosso. Em um período de dois anos, a fazenda transformou 9 mil hectares de pastos degradados em um sistema de integração lavoura-pecuária (ILP). Testes realizados pela Embrapa indicam que o solo já alcançou 40% de recuperação.
O sucesso do programa é atribuído a uma combinação de fatores, incluindo uma modelagem financeira com prazos alongados e o apoio técnico da Syngenta e da TNC. Essa abordagem permite ajustar a quantidade e o uso dos recursos ao fluxo de caixa que o empreendimento suporta.
Apesar dos resultados positivos, o programa enfrenta desafios, como a etapa de mensuração, relato e verificação (MRV). Além disso, o Programa Reverte, que antes financiava apenas a implementação de lavouras de grãos sobre pastos degradados no Brasil, aprovou sua primeira operação fora do país, no Paraguai. A C.A.S.E. apresentará e debaterá projetos em sete eixos temáticos durante a COP, incluindo bioeconomia, infraestrutura, finanças, transição energética, transição justa e economia circular.


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