Em agosto de 2025, a dívida pública federal brasileira registrou elevação de 2,59% em relação ao mês anterior, atingindo o patamar de R$ 8,145 trilhões, segundo relatório do Tesouro Nacional. Isso significa que o país já ultrapassou o limite inferior projetado para o ano, levando o governo a ajustar suas metas de endividamento.
Do total, a maior parte está composta pela dívida pública mobiliária interna (DPMFi), que alcançou R$ 7,845 trilhões. A parcela da dívida externa (DPFe) soma R$ 300,23 bilhões. Com base no novo cenário, o Tesouro revisou sua meta para o estoque da dívida ao fim de 2025, elevando o intervalo previsto para R$ 8,5 trilhões a R$ 8,8 trilhões, acima da faixa original de R$ 8,1 a R$ 8,5 trilhões.
O ajuste necessário nas projeções evidencia uma tensão fiscal crescente. Quanto maior a dívida, maior o compromisso de pagamento com juros e amortizações, o que tende a reduzir a margem para investimentos públicos, contingenciar recursos em áreas sociais ou obrigatórias e aumentar o custo de manutenção das contas públicas.
A alta recentíssima também mostra como a sustentabilidade das finanças nacionais depende de equilíbrio entre receitas e despesas, além de políticas fiscais e monetárias bem calibradas. Se o Brasil quiser evitar que a dívida se torne uma bola de neve, será essencial controlar os gastos, estimular o crescimento real e garantir que a carga de juros não consuma a maior parte do orçamento.
Referências
- Pleno News
- IstoÉ Dinheiro


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