Banco do Brasil reage judicialmente a opiniões de bolsonaristas nas redes sociais

Banco transforma críticas virtuais em caso jurídico e é acusado de tentar calar opositores.

O Banco do Brasil (BB) anunciou que vai adotar medidas judiciais em resposta às manifestações de bolsonaristas em redes sociais. Publicações que apontavam supostas sanções internacionais e bloqueio de ativos de ministros do Supremo Tribunal Federal foram classificadas pela instituição como desinformação com potencial de causar insegurança entre clientes e investidores.

Em nota, o banco afirmou que não tolerará a divulgação de conteúdos que prejudiquem sua imagem e reforçou que irá acionar todos os mecanismos legais disponíveis. A postura, no entanto, tem sido interpretada como uma reação direta às opiniões de grupos alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que expressaram críticas e questionamentos à instituição em ambientes digitais.

O BB destacou que a disseminação de informações falsas ou incompletas sobre instituições financeiras está prevista como crime na Lei nº 7.492/1986, com pena de multa e reclusão de dois a seis anos. Ao mencionar a legislação, a instituição sinaliza que não enxerga tais manifestações apenas como críticas, mas como potenciais crimes que precisam ser combatidos na esfera judicial.

O banco informou ainda que enviou ofício à Advocacia-Geral da União (AGU) para que providências sejam tomadas. Embora não tenha detalhado quais medidas serão requeridas, deixou claro que a iniciativa faz parte de uma estratégia para resguardar sua reputação e evitar que questionamentos públicos atinjam a confiança de clientes e do mercado.

Ao mesmo tempo em que ressalta sua solidez institucional e o cumprimento das legislações nacionais e internacionais, o Banco do Brasil demonstra disposição de enfrentar judicialmente discursos que considera prejudiciais, ainda que estes tenham surgido de opiniões políticas compartilhadas em redes sociais.

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